terça-feira, 21 de junho de 2011

Todo o adepto de futebol que se preze deveria publicar este excerto:

"Nós, os adeptos dos clubes, somos os únicos que apenas pagamos e nada recebemos, os únicos que não traímos, que ficamos, de ano para ano e de geração para geração, a apoiar, em boas e más horas, um grupo que julgamos serem o nosso clube mas que, no essencial, mais não são do que um conjunto de profissionais reunidos ad hoc e que ali estão provisoriamente à espera da primeira oportunidade em que lhes ofereçam bom dinheiro para trocarem de cores, de clubes e de auto-proclamadas fidelidades."

1) O texto é do Miguel Sousa Tavares, mas pouco me importa: podia muito bem ser meu, desta vez. Nunca imaginei dizer isto na vida, mas estou absolutamente com ele.

2) Reflectindo sobre o que está acima, mais me choca que o Benfica tenha desprezado (uma vez mais...) um dos raros exemplos de lealdade clubística. Por que me choca? Porque se deixa ir embora, a custo zero, o capitão Nuno Gomes para dar lugar a bardamerdas mercenários para quem a palavra "Benfica" significa o mesmo que "Atlético de Madrid", "Sporting" ou "Palermo": um clubezeco de segunda linha em quem a verdadeira Europa pode pôr os olhos. Não passamos de olheiros dos reais madrides, dos chelseas, dos milões e dos manchestéres. E isso é triste.

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