segunda-feira, 7 de fevereiro de 2011

Mindinho por mindinho!

Diz que o Mais Futebol tem o Jara a votos para o pimbolim do ano. Pior: fui espreitar a votação e o argentino é o segundo mais votado até ao momento. Diz assim o Mais Futebol:

"Tantas promessas perdidas em minutos e minutos de nada. (…) Cinco meses depois, o que dizer de Jara? Nunca foi titular, marcou um golo (logo na 1ª jornada da Liga) e tem passeado penteados mais ou menos eloquentes no banco de suplentes do Benfica.”

Vamos lá então falar de reforços. Uma das coisas de que mais gosto é de fazer previsões do futuro dos jogadores. Para mim, ler o futuro é... é fixe.
Comecemos precisamente por Jara, que é quem deu o mote. Ora, numa análise científica, tenho a dizer que gosto. Corre, remata, chateia defesas, tem boa técnica, ganha ressaltos, faz golos e mexe com o ataque da equipa, seja na esquerda, seja nas costas do ponta-de-lança. Vou-lhe dar estrelas, como se fosse um crítico de futebol (análise quantitativa) e mindinhos dos meus dedos dos pés – aliás, do meu pé esquerdo - (demonstração de fé na minha própria análise) de modo a obter um gráfico abstracto mas muito bonito do que este jogador vale. Portanto, de zero a dez, em termos de “jogador” dou-lhe 7 estrelas; em termos de confiança nesta minha opinião, dou 4 mindinhos.
Sigamos para Gaitán, jogador estranho que eu ainda não consegui interpretar ou decifrar em condições. Parece-me muito tímido e isso prejudica. Dizem que está fora da posição e eu concedo que a 10 já o vi jogar muito. Faz golos com alguma facilidade, ainda que longe dos índices de Jara (média de minutos para cada golo). Em termos de mindinhos, dou 2. É uma incógnita para mim. Em estrelas, vou-lhe dar voto de confiança por algumas coisas boas que o vi fazer: são 7.
Sálvio. O Totó… é o meu preferido. Para este a escala nem precisava de ser em mindinhos - ao Sálvio aplica-se a escala testicular (salvo seja), é a carne toda no assador: 5 mindinhos já. E é jogador para 8, pelo menos. Produtivo, inteligente, habilidoso, destemido, dinâmico, rápido, preciso, bom pontapé, oportuno, trabalhador… Tem quase tudo. Para a posição em que joga, pode dizer-se que é completo. E faz golos que se farta de sítios difíceis de imaginar. Não há que hesitar: é craque. E desde que segurou lugar na equipa, o Benfica desatou a jogar o dobro do que jogava.
Roberto. O caso bicudo. Depois de um inicio em que eu dava 5 mindinhos para dizer que ele valia 1, neste momento estou capaz de dar 2 mindinhos para dizer que ele vale 8 estrelas. Tem sido imponente. Por vezes, tem deslizes. Mas tem potencial. Seguramente, não pagaria 8 milhões e meio por ele. Mas olho para a baliza do Benfica e gosto de o ver ali. Fica bem. E defende.
Dos outros reforços, só posso dar impressões vagas – ou seja, todas elas a valerem apenas um mindinho: Fábio Faria, 4 estrelas; Férnandez, 7 estrelas.
Prefiro dissertar sobre os reforços do ano passado que este ano têm sido pouco utilizados. Felipe Menzes, um dos casos que mais me intriga. Eu sei que ele vale 8 estrelas, de caras. No entanto, ele faz questão de me provar, jogo após jogo, que vale 8 durante dois minutos; e que vale 4, durante o tempo restante. 1 mindinho de mim para ti, langão – e tens sorte de não ser o dedo médio. Mexe esse rabo!
Roderick. Parece-me certinho. Comete erros com alguma frequência. Porque é arrojado, também. Faz-me lembrar um certo senhor 25 milhões. Por 3 mindinhos, dou-lhe 7 estrelas. Hum… Não. Por 2 mindinhos, dou-lhe 7 estrelas.
Falta Airton, embora este não se enquadre bem neste perfil, porque já o vimos muitas vezes. Ou seja, avalio-o por 4 mindinhos. E dou-lhe um 7.
E agora gostava de saber quantos mindinhos é que o génio do Mais Futebol apostou quando escreveu aquela treta acerca do Jara. Vá, chegue-se à frente, ó sabichão da bola.