terça-feira, 21 de junho de 2011

A votos, que nem Fernando Nobre!

Quem me lê com regularidade, saberá que não sou indivíduo apto para grandes exercícios de raciocínio. Nesse aspecto, comparo-me despudoradamente a Marcelo Rebelo de Sousa: olho para as coisas e, em lugar de pensar sobre elas, questionando e propondo, não, vou directo ao assunto e digo o que se me afigura mais óbvio, evitando correr riscos desnecessários. Ter ideias é, para mim, uma coisa cansativa, aborrecida, no limite, arriscada. Não. Prefiro sossego. Tudo isto para introduzir o tema que justifica o título do post. Estive de férias e não vim à internet. Quando regressei, fui ver os meus dados estatísticos e deparei-me com um rôr de visitas absolutamente injustificadas. Fiz o óbvio e busquei os links que traziam os estimados leitores a este recanto penumbroso da futeblogosfera. Deparei-me com este estimável blogue como municiador principal das vossas visitas. Fui tentar perceber porquê, mas não consegui. Por que raio havia tanta gente a ler-me quando eu não escrevia e, afinal, ninguém me linkava? Era para mim um grande mistério. Acontece que eu não sou mesmo, mesmo burro, sou apenas um pouco distraído. Hoje, ao abrir novamente esse notável blogue, apercebi-me de que, afinal, está aberta uma votação para eleger "O Melhor Blogue Benfiquista" da actualidade e que, muito mas mesmo muito honrosamente, o vosso pequeno 227218, coisinha nascida aqui há meses, se encontra no elenco dos distintos a votos. Não quero aqui fazer campanha - este número de sócio está mais que habituado a perder. Quero apenas agradecer a amável e, permitam-me a falsa modéstia, completamente imerecida nomeação. Muito obrigado e bem-hajam.

Todo o adepto de futebol que se preze deveria publicar este excerto:

"Nós, os adeptos dos clubes, somos os únicos que apenas pagamos e nada recebemos, os únicos que não traímos, que ficamos, de ano para ano e de geração para geração, a apoiar, em boas e más horas, um grupo que julgamos serem o nosso clube mas que, no essencial, mais não são do que um conjunto de profissionais reunidos ad hoc e que ali estão provisoriamente à espera da primeira oportunidade em que lhes ofereçam bom dinheiro para trocarem de cores, de clubes e de auto-proclamadas fidelidades."

1) O texto é do Miguel Sousa Tavares, mas pouco me importa: podia muito bem ser meu, desta vez. Nunca imaginei dizer isto na vida, mas estou absolutamente com ele.

2) Reflectindo sobre o que está acima, mais me choca que o Benfica tenha desprezado (uma vez mais...) um dos raros exemplos de lealdade clubística. Por que me choca? Porque se deixa ir embora, a custo zero, o capitão Nuno Gomes para dar lugar a bardamerdas mercenários para quem a palavra "Benfica" significa o mesmo que "Atlético de Madrid", "Sporting" ou "Palermo": um clubezeco de segunda linha em quem a verdadeira Europa pode pôr os olhos. Não passamos de olheiros dos reais madrides, dos chelseas, dos milões e dos manchestéres. E isso é triste.

quinta-feira, 9 de junho de 2011

Estratégia duvidosa

Aparentemente, o Benfica comprou Enzo Pérez, um extremo-direito do Estudiantes. O Jogo, na reportagem que hoje apresenta sobre o craque, diz que Pérez disse "quero lançar-me de cabeça no Benfica". Na mesma peça jornalística, Nestor Sensini avalia o jogador. O antigo defesa afirma que Pérez é craque, forte em quase todos os aspectos e que o seu ponto mais fraco é o cabeceamento.