Não é novidade, não tem ponta de inesperado e só surpreende os crédulos que, como eu, acham que existe um limite moral para a hipocrisia e para a má-fé. Já tenho idade para saber que isso são fantasias minhas.
Vamos por partes: o Benfica foi ontem beneficiado, claramente, num lance em que a bola entra na baliza depois de tocar em Saviola, que se encontrava em fora-de-jogo. É um erro grave, sim. Beneficia o Benfica, é claro, também.
Se o jogo tivesse terminado nesse instante, eu compreenderia a histeria das carpideiras. Mas não. Jogaram-se mais 71 minutos (não contabilizando os tempos extra). E nesses 71 minutos, entre outras falhas menores, a Académica comete, por duas vezes, faltas claríssimas e indiscutíveis dentro da sua própria área. Em ambos os lances, o árbitro ignorou. Nesses dois lances, o Benfica foi tão claramente prejudicado quanto foi beneficiado no lance do golo. Isto é factual.
Nem sequer me vou dar ao trabalho de argumentar mais, explicar, fazer desenhos ou defender o que é óbvio: se tu, jovem anti-benfiquista, tens um computador e ligação à internet, é bastante provável que o teu Q.I. exceda os 65, pelo que já deves ter percebido a ideia. Portanto, pára de chorar e de reclamar. O Benfica não foi beneficiado. Nem a Académica, já agora. Foram ambos prejudicados. Aliás, tal como o futebol é prejudicado com certas entradas, como aquela do Pape Sow sobre o Cardozo ou qualquer uma do Elmano Santos em qualquer campo do mundo.
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