A verdade é só uma e é flagrante: já temos campeonatos que cheguem. Pelo menos, para já. Para quê andar a perder tempo com mais um? Não acho bem que queiramos os campeonatos todos para nós, sempre. Além disso, ainda o ano passado ganhámos um que foi tão bem ganho que poderia perfeitamente valer por dois ou três.
É também por isso, por termos já 32 coisinhas dessas, que concordo com a política de distribuição de experiência de campeão pelos outros clubes. Por exemplo, acho muito bem que tenhamos praticamente oferecido o David Luíz ao Chelsea – esses sim, coitadinhos, bem precisam de ganhar umas ligas para engordar aquele palmarés magrinho (não estou a brincar: em 3 anos no Benfica, David Luíz ganhou metade dos campeonatos que o Chelsea ganhou nos últimos 50 anos). E o Ramires também fez muito bem ir para lá ajudá-los - ou seja, o Abramovich comprou ao Benfica o mesmo que o Mourinho lhe deu: dois títulos de campeão (um do Ramires, outro do David). Não achei tão bem foi o Di Maria: devia ter ido para o Atlético em vez do Real, que o Real também já tem muitos campeonatos.
O Benfica só demonstra a sua nobreza ao ajudar as equipas que ganham muito pouquinho fornecendo-lhes, praticamente a custo zero, jogadores que já têm a experiência de ser campeão. Estou em pulgas para ver o Cardozo vestir a camisola da Roma, o Maxi Pereira a do Bayer Leverkusen ou o Balboa a do Sporting.
Ainda no seguimento da ideologia do Jesus do “deixa lá isso do campeonato, desses temos lá a gente muitos”, sugeria ao nosso treinador que usasse a mesma estratégia que Villas-Boas usou na Taça da Liga: pedir para terminar a prova mais cedo, para se “focalizar” melhor nos restantes troféus. Olhando para o panorama, estou seguro que, mesmo que o Benfica saísse já da competição, o actual terceiro classificado conseguiria encontrar uma maneira de acabar com mais pontos de atraso do que aqueles que actualmente tem.
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