domingo, 26 de fevereiro de 2012

Don't panic, minhas queridas

Compreendo e partilho da vossa apreensão, mas não me identifico com essa histeria pessimista. Da mesma maneira que, na primeira volta, ganhámos jogos com uma ponta de sorte, ontem não conseguimos os três pontos num cozinhado de azar, azelhice e alguma trafulhice. O desempenho não foi brilhante, mas foi muito mais que suficiente - deu zero a zero, mas se desse quatro a zero seria perfeitamente normal. «Há dias em que ela não quer entrar», acontece, não sejam piegas. É pena, claro, porque só ganhámos um ponto (à hora a que escrevo este texto, o Porto ainda não entrou em campo e está a precisamente 3 pontos de distância; isso de "perder pontos" é um fenómeno que gostava que me explicassem; não ganhar todos os pontos é diferente de os perder), mas não é catastrófico, em termos de matemáticas, nem dramático, ao nível da exibição, que foi pobrezinha mas muito honesta e esforçada. Os jogadores estão lá, há alma, há vontade. A noite foi menos inspirada, também se compreende.

Entretanto, li uma expressão notável do JNF: «Estou farto do loserismo do Benfica». Esta frase é das sínteses mais brilhantes de um sentimento a que, infelizmente, me fui habituando com o passar dos anos. É um sentimento que inclui receio, hesitação, dúvida, pessimismo e, na sua fase final, catastrofismo. É o sentimento com que o ano passado fui ver o Benfica - Porto da Taça de Portugal. O "loserismo do Benfica" é uma atitude, uma forma de estar na vida. Ou, melhor, era: hoje é domingo, daqui a seis dias é sexta e eu não tenho medo, nenhum!, do Porto.

9 comentários:

Pedro Ribeiro disse...

Concordo com o que o Sr Diogo escreveu. A jogar o que jogámos durante a época e o Porto jogando o que jogou aliado ao que a Luz pode proporcionar à nossa equipa é impossível não estar optimista. Clássico é clássico, mas temos que estar confiantes.

JNF disse...

Não foi bem isso que eu quis dizer com o loserismo do Benfica. É mais um ciclo ininterrupto de dirigentes incompetentes, treinadores incapazes ou simplesmente loucos (e é nesta segunda categoria que se insere JJ) e jogadores medíocres (Emerson, Djaló, Matic), más decisões em todos os aspectos e uma caganeira à Tavares quando o momento chave se aproxima.

Diego Armés disse...

Vais ter de perdoar, apropriei-me da expressão e achei que ficava mais bonito assim. No fundo, o que enumeras acabam por ser as razões para me fazer sentir o que descrevo. Concordemos em estar de acordo, portanto. Até porque a expressão é óptima.

JNF disse...

Como queira, senhor Diogo :)

Dylan disse...

Realmente este Fcp não mete medo a ninguém. O Benfica tem que vencer esta barreira psicológica, esta palavra chamada Porto, na próxima sexta e no outro encontro a contar para a Taça da Liga.

Hattori Hanzo disse...

Eu gostaria de estar tão optimista, mas sou um pessimista por natureza. Se calhar é por ver demasiados anos de loserismo na nossa casa. Mas em principio estarei lá na sexta para apoiar a equipa.

Luis Rosario disse...

Pensava que tocavas 6ª à noite, afinal é Sábado à tarde... Não vais ver a bola?

Podemos mesmo celebrar o campeonato?

Diego Armés disse...

Vou ver a bola, sim, mas em plena Invicta. Decidi ir azarar para outro lado, que eu num raio de 120 quilómetros sou um pé frio nos Benfica - Porto. A partir de quarta-feira, a emissão é feita no Norte (são ossos do ofício mas, neste caso, é com todo o gosto que tenho saudades da cidade). Está ali escrito no cabeçalho e tudo. Vocês não lêem...

Luis Rosario disse...

Eu sabia já desde o post que fizeste sobre os teus amigos dizerem que seriamos campeões pq não ias, deduzi é que o concerto era na 6F e seria impossível estares presente na luz.

Abraço e bom Mexefest!