Momentos mais tarde, estava nos Clérigos a conversar com um super dragão. É um pouco assustador quando estás a falar com alguém num registo quase cúmplice, a um nível de civilidade exemplar, e, em alguns momentos, notas um esgar que te fulmina com a seguinte mensagem "às vezes olho para ti e apetece-me cortar-te ao meio, de alto a baixo, como os samurais fazem às pessoas" enquanto diz "se perdermos, fico fodido".
Inspirador. Minutos antes, rodeado de portistas rodeando superbocks, faziam-me promessas. Que me lubrificavam com decapante. Para quê? Para a "enrabadela a frio com areia". Isto tudo, usando um "preservativo de lixa grossa". Tomei nota. Aliás, tomei nota e pedi-lhe o número de telefone, "não vás tu precisar das instruções de volta". Houve um momento de embaraço colectivo. As minhas notas e o meu sorriso geraram desconfortos e hesitação. A custo, deu-me o número. Despediu-se logo de seguida.
Acabámos a ouvir Pixies na Tendinha, eu e o outro super dragão. No início da noite, comi uns cachorrinhos divinais numa tasca chamada Gazela e lembrei-me dos Capitão Fausto com um sorriso que roçou a ingenuidade.
1 comentário:
Cura a enrabadela rapaz.
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